O Sapato do Meu Tio

Foto: Manu Dias
“O sapato do meu tio” retorna aos palcos na Aliança Francesa
Espetáculo comemora do Dia Internacional do Teatro e Nacional do Circo no Teatro Molière
Depois de 6 anos de sucesso de público e crítica dentro e fora do Brasil, O Sapato do Meu Tio retorna a cartaz de 23 a 31 de março (aos sábados e domingos), às 20h, no Teatro Molière, a convite da Aliança Francesa de Salvador. A curta temporada acontece em comemoração ao Dia Internacional do Teatro e Nacional do Circo.
O Sapato do Meu Tio conta uma história atemporal, mostrando a convivência entre dois artistas, nos bastidores dos espetáculos que apresentam em diversas cidades. O mais velho deles, o Tio, começa a ensinar sua arte para o sobrinho, revelando uma relação de poucas palavras, mas cheia de respeito, humor e, sobretudo, poesia. Aproximadamente 100 mil pessoas já assistiram ao espetáculo, que traz os atores Alexandre Luis Casali e Lúcio Tranchesi, e já recebeu os prêmios de melhor espetáculo, melhor ator (Lúcio Tranchesi) e melhor diretor (João Lima) na edição 2005 do Prêmio Braskem de Teatro, a mais importante premiação do teatro baiano.
Esta temporada integra o projeto contemplado pela FUNARTE no Edital Prêmio Procultura de Estímulo ao Circo, Dança e Teatro 2010. A escolha da programação na Aliança Francesa de Salvador aconteceu sob curadoria de Adelice Souza e Gil Vicente Tavares.
Sobre “O Sapato do Meu Tio”
Um olhar sensível e bem-humorado sobre a convivência entre dois artistas nos bastidores dos espetáculos que apresentam em diversas cidades. O mais velho deles, o Tio, começa a ensinar sua arte para o sobrinho, revelando uma relação de poucas palavras, mas cheia de respeito, humor e, sobretudo, poesia. Esse é o mote central da peça O Sapato do Meu Tio, que traz os atores Alexandre Luis Casali e Lúcio Tranchesi sob a direção de João Lima.
O espetáculo foi um dos vencedores do Prêmio Estímulo à Montagem de Espetáculos de Médio Porte em 2005, no edital da Fundação Cultural do Estado da Bahia. A peça estreou em setembro de 2005 em Salvador, onde permaneceu desde então em temporadas ininterruptas por vários teatros da cidade. O projeto da montagem da peça surgiu quando os dois atores resolveram montar um espetáculo onde explorassem a técnica do “Clown” – ou do “Palhaço”, como preferem classificar. Inicialmente a idéia era adaptar O Menor Quer Ser Tutor, texto de Peter Handke que em 1990 ganhou em Salvador uma elogiada montagem dirigida por Ewald Hackler, com os atores Paulo Pereira e Lúcio Tranchesi no elenco. A partir de leituras e improvisações, optou-se por escrever outro texto, no qual alguns elementos do texto de Handke fossem preservados.
“No meio desse processo a gente achou que Handke tinha uma proposta lingüística e metodológica que poderia acabar se perdendo”, afirma Alexandre, lembrando que muitos aspectos da obra do autor austríaco continuaram sendo exploradas em O Sapato do Meu Tio. Sendo assim, o público entrará em contato com questões referentes a rituais de aprendizagem, linguagem não-verbal, seqüências cronológicas não definidas e passagem do tempo, tudo enriquecido com um longo processo de ensaios recheado de improvisações e de esquetes clássicos do mundo do circo.
TÉCNICA – A equipe de criação da peça se completou com a presença do diretor João Lima que, junto com Alexandre e Lúcio, faz parte de um time de atores baianos que há muitos anos se dedica a estudar a técnica do Palhaço. Os três se encontraram pela primeira vez em 1999, durante um curso de Técnica de Clown realizado em Salvador pelo conceituado grupo Lume, de Campinas. Depois disso cada um desenvolveu trabalhos paralelos ou relacionados a outras técnicas, até se unirem novamente para montar O Sapato do Meu Tio.
O nome da peça também é uma referência a esse universo, lembrando um dos elementos que fazem parte da antiga tradição do palhaço de circo e que é passada de pai para filho, como a barriga, a careca e o sapato grande. “Dentro dessa tradição todos eram muito parecidos, enquanto o palhaço moderno usa a técnica de extrair características pessoais do ator”, explica Alexandre. Segundo Lúcio, a técnica é empregada para fazer o público rir da crueldade e do ridículo das personagens, surgidos a partir da entrega do ator em cena. “O circo tem uma técnica dura, onde você se machuca para aprender; no Palhaço, o ego do ator se machuca tanto quanto o corpo do artista de circo”, completa.
Sobre Aliança Francesa de Salvador
A Aliança Francesa é uma associação sem fins lucrativos que têm o objetivo de divulgar a língua e a cultura francesa. A Aliança foi fundada em Paris em 1883, e hoje está presente em 138 países nos cinco continentes, com mais de 1335 estabelecimentos. Além dos cursos de alta qualidade, a Aliança Francesa de Salvador também proporciona diversas atividades que compõem o roteiro artístico-cultural da cidade. O Teatro Molière, com 132 lugares e elevador para acessibilidade, ocupa a posição de um dos mais importantes teatros da capital baiana. A Aliança Francesa também abriga uma Galeria de Arte, onde são representados trabalhos de artistas brasileiros e franceses.
Serviço
O quê: Espetáculo “O sapato do meu tio”
Quando: de 23 a 31 de março (sábado e domingo) às 20h
Onde: Teatro Molière – Aliança Francesa de Salvador (Av.Sete de Setembro, Ladeira da Barra,401)
Quanto: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
Classificação: livre
Informações: 3336 7599
O SAPATO DO MEU TIO
Dedicado aos atores Paulo Pereira e Erick Steffen
Direção
João Lima
Texto e Atuação
Lúcio Tranchesi
Alexandre Luís Casali
Música Original
Jarbas Bittencourt
Iluminação
Fabio Espírito Santo
Cenário e Adereços
Agamenon de Abreu
Figurino
Rino Carvalho
Fotos
Manu Dias
Uma Produção
Selma Santos Produções e Eventos